Já imaginou enxergar cartórios extrajudiciais como espaços de efetivação de direitos?
Somos um espaço nortista de pesquisas, experiências e proposições pela efetivação de direitos através dos cartórios extrajudiciais.
No Instituto, realizamos uma observação cuidadosa da função social dos cartórios. Aqui temos como objetivo a melhoria da prestação de serviços extrajudiciais, construindo atendimentos que entreguem, além de técnica jurídica apurada, respeito pelas pessoas e suas diferenças.
Para isso, é preciso enxergar mais fundo, para chegarmos à prática do que Goethe chama de “um empirismo delicado, que se faz absolutamente idêntico ao objeto, tornando-se uma verdadeira teoria”. A teoria a que o pesquisador alemão se refere deve ser entendida no sentido dos antigos gregos como uma “visão da mente” ou “contemplação” e não no sentido que a conhecemos na ciência moderna.
O Cartório com Delicadeza surgiu então de uma paráfrase intuitiva sobre o conceito de “empirismo delicado”. Goethe ao observar a natureza desenvolveu uma forma própria de fazer estudo científico, que não deve estar apegada primordialmente a processos e padrões técnicos, mas, antes disso, a análise dos fenômenos por si mesmo.
Experienciar cartório de maneira delicada é o que nos propomos no Cartório Curionópolis – Pará. Para compartilhar pesquisas, resultados, percepções deste processo fizemos nascer este braço de pesquisa e práxis sobre serviços prestados em cartório: Instituto Cartório com Delicadeza.
O Instituto Cartório com Delicadeza tem como propósito estudar profundamente os serviços cartoriais a partir de uma prática social reflexiva.
Como aprendizagem a partir da perspectiva do empirismo delicado de Goethe, deve-se lembrar que cada serventia extrajudicial está inserida em uma realidade diferente, tanto financeira, quanto em outros aspectos que compõe as diferenças regionais. A replicabilidade de processos por si só não entrega soluções, pois a intenção é que o projeto instrumental, diferente do que se espera enquanto processos pré-determinados, aumente as possibilidades do ser humano dentro de um cartório, tanto internamente (nível de gestão de pessoas) quanto na entrega dos serviços aos usuários.
Para alguns a reflexão parece uma perda de tempo. Mas, se não pararmos para observar, refletir e entender os instrumentos que temos e a serviço de que e de quem estamos, como emergir (ou permanecer) enquanto instituição progressista, contemporânea e necessária a população em geral?
Exercer Cartório com Delicadeza quer dizer aprofundar-se nos fenômenos.
A prática da reflexão exige tempo, paciência e uma intenção clara para melhorar a qualidade de nossas ações externas.
A nossa abordagem que estrutura a construção de novos olhares e percepções sobre os fenômenos ocorridos em cartórios extrajudiciais, hoje, compõe-se da seguinte maneira:
Apurar a técnica jurídica dos serviços notariais e de registro; exercitar a Comunicação Não Violenta (CNV) nas abordagens; utilizar recursos e métodos de design na comunicação interna e externa para facilitar o entendimento sobre os serviços prestados.
Aprofundar questões de governança inovadora; estudar o caminho das transformações digitais dos cartórios, considerando a imprescindibilidade do capital humano para atendimentos que assegurem a efetivação dos direitos das pessoas de maneira segura, respeitosa e empática; estudar acepções da burocracia como reflexo da segurança jurídica dos atos.
Compreender a importância da inclusão da perspectiva dos direitos humanos refletida no serviço público prestado, bem como a utilização de estudos que considerem o Direito Antidiscriminatório, o Compliance Antidiscriminatório, a Regularização Fundiária no Norte do Brasil, os Direitos LGBTQIA+, os Direitos das Mulheres, os Direitos das Famílias
Participação em conselhos de classes, fóruns, campanhas cívicas, educação de grupos de interesse, propostas de modificações normativas internas e externas à serventia, mobilização da opinião pública, diálogo junto a tomadores de decisão.
Apurar a técnica jurídica dos serviços notariais e de registro; exercitar a Comunicação Não Violenta (CNV) nas abordagens; utilizar recursos e métodos de design na comunicação interna e externa para facilitar o entendimento sobre os serviços prestados.
Aprofundar questões de governança inovadora; estudar o caminho das transformações digitais dos cartórios, considerando a imprescindibilidade do capital humano para atendimentos que assegurem a efetivação dos direitos das pessoas de maneira segura, respeitosa e empática; estudar acepções da burocracia como reflexo da segurança jurídica dos atos.
Compreender a importância da inclusão da perspectiva dos direitos humanos refletida no serviço público prestado, bem como a utilização de estudos que considerem o Direito Antidiscriminatório, o Compliance Antidiscriminatório, a Regularização Fundiária no Norte do Brasil, os Direitos LGBTQIA+, os Direitos das Mulheres, os Direitos das Famílias
Participação em conselhos de classes, fóruns, campanhas cívicas, educação de grupos de interesse, propostas de modificações normativas internas e externas à serventia, mobilização da opinião pública, diálogo junto a tomadores de decisão.
A finalidade é desenvolver formas de pensamento e percepção que integram pensamento crítico, autorreflexivo e observação cuidadosa dos fenômenos que passam dentro de um cartório.
Esta é uma maneira experimental de realização da função social dos cartórios como instrumentos eficientes, seguros e delicados de consecução da paz social.
Aqui disponibilizamos cartilhas para que você tenha acesso a informações e compreenda melhor como funcionam alguns processos de cartórios.
Além disso, sugerimos abordagens que contemplem atendimentos mais cuidadosos e empáticos.
Guia para atendimentos mais acolhedores e respeitosos em caso de registro de morte e outros serviços relacionados. Direcionado a Oficiais, escreventes, auxiliares de Cartório.
Guia sobre registrar um óbito e outros serviços relacionados com o fim da vida como inventário extrajudicial, testamento vital, testamento.
Guia para atendimentos de registro tardio de nascimento. Direcionado a Oficiais, escreventes, auxiliares de Cartório, Defensoria Pública, Ministério Público, advogadas(os) e demais interessados.
Guia para prevenção à violência patrimonial de gênero, uma das formas de violência doméstica contra a mulher reconhecida pela Lei Maria da Penha. Direcionado a Oficiais, escreventes, auxiliares de Cartório, advogadas(os), Delegacias da Mulher, órgãos e instituições de defesa dos direitos das mulheres e demais interessados.
Guia para famílias que chegam aos cartórios para registro de nascimento de bebês, explicações sobre o nome civil escolhido, direitos do bebê e primeiros cuidados como calendário de vacinação, amamentação, alimentação recomendada pela OMS até os 2 anos de idade.
Guia prático do procedimento de usucapião extrajudicial. Direcionado a Oficiais, escreventes, auxiliares de Cartório, advogadas(os), agrimensores e demais interessados.
Guia de procedimentos realizados em cartório a partir da perspectiva da efetivação dos direitos das pessoas LGBTQIA+. Direcionado a pessoas LGBTQIA+ e demais interessados.
Guia para atendimentos respeitosos, inclusivos e não discriminatórios sobre procedimentos realizados em cartório a partir da perspectiva da efetivação dos direitos das pessoas LGBTQIA+. Direcionado a Oficiais, escreventes, auxiliares de Cartório.